Dados do Trabalho
Título
ANOMALIAS DE DESENVOLVIMENTO DO TRATO GENITAL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Objetivos
Revisar o aparecimento de anomalias de desenvolvimento do trato genital e apontar as malformações comuns associadas.
Método
Revisão de literatura, com busca nas bases de dados PubMed e Scielo. Os artigos foram avaliados pelo título e resumo e incluídos neste estudo com base em sua relevância estatística.
Discussão e Apresentação das Imagens
As anomalias de desenvolvimento do trato genital são condições que afetam a formação adequada dos órgãos sexuais externos e internos durante o desenvolvimento fetal. Destarte, é importante a avaliação ultrassonográfica precoce para detectar as malformações, favorecendo o prognóstico. A genitália pode ser vista em 81% dos casos com 14 semanas e, por volta das 20 semanas, é vista em 98% dos casos. O diagnóstico de genitália fetal ambígua (GFA) deve ser suspeitado quando ocorre masculinização incompleta da genitália interna, masculinização da genitália externa feminina ou uma discórdia de gênero entre feto externo e interno. É possível o diagnóstico de GFA mediante Ultrassonografia fetal a partir de 13-14 semanas de gestação, caso genitália externa esteja desenvolvida completamente e/ou quando há discrepância do sexo fenotípico fetal e cromossômico detectado por BVC ou amniocentese. A masculinização incompleta da genitália é suspeitada quando, no exame de imagem pré-natal, há uma estrutura fálica anormal ou escroto com testes ausentes ou não descidos posteriormente na gravidez, ou discordância entre a avaliação do sexo fetal externo e o interno pela avaliação dos órgãos pélvicos e a distância entre a parede anterior do reto e a parede posterior da bexiga. Já a masculinização da genitália feminina externa deve ser suspeitada quando imagem fetal mostrar estrutura fálica aumentada e lábios anormais/fundidos em vez de um escroto, com útero identificável ou uma distância retovesical relativamente grande. Uma vez identificadas as anormalidades genitais fetais, é importante procurar outras anormalidades para determinar se a anormalidade genital é isolada.
Considerações Finais ou Conclusões
Durante o pré-natal, as avaliações ultrassonográficas devem ser detalhadas para identificar anomalias o mais precoce possível, e complementada se necessário com exames clínicos e testes genéticos para diagnóstico preciso, permitindo o informe da doença aos familiares, e favorecendo prognóstico, permitindo que a equipe médica faça os cuidados e intervenções adequados.
Palavras Chave
Anormalidades congênitas; Genitália; Ultrassonografia, Sexo, Crescimento e Desenvolvimento
Arquivos
Área
USG em Ginecologia e Obstetrícia
Instituições
Nexus Núcleo de Excelência em Ensino Médico - Distrito Federal - Brasil
Autores
Daiane Lorena Martins Nogueira , Emanuele Soema Santana Lessa, Antonio Gualda Garrido Trajano, Gustavo Ferreira Cury, MATHEUS CABRAL LELIS BELEZA, Evaldo Trajano