Dados do Trabalho

Título

Caracterização espectográfica da Valva tricúspide no primeiro trimestre Gestacional pela ultrassonografia com Doppler

Objetivos

Caracterizar, a partir de parâmetros lineares e não lineares, de análise computacional, os sons produzidos pela valva tricúspide utilizando a USG Doppler durante o 1° trimestre gestacional.

Casuística e Métodos

Realizou-se um estudo de coorte prospectivo no setor de Medicina Fetal do Instituto de Medicina Integral (IMIP), Recife-PE, de dezembro/2019 amaio/2020. Foram incluídas 51 gestantes com idade gestacional (IG) entre 11 e 14 semanas, gestação tópica e feto vivo, sendo excluídas aquelas com gestação múltipla, rastreamento positivo para malformação congênita, incluindo cardiopatias, e menores de 18 anos. Todos os fetos foram acompanhadas até após nascimento. A USG morfológica com dopplervelocimetria foi realizada no 1° trimestre gestacional avaliando a valva tricúspide. Os vídeos provenientes das USG foram extraídos e convertidos em arquivos de áudio e segmentados em 30 intervalos da duração da onda E, onda A , diástole, sístole, ciclo cardíaco e da relação diástole/ciclo cardíaco. Em relação a análise não-linear foram calculados os parâmetros de Entropia Aproximada (ApEn), Lempel-Ziv (CLZ) e Detrended Fluctuation Analysis(DFA).Em relação ao parâmetro linear foi avaliado a duração de cada semento de onda. Por fim, foram utilizados testes estatísticos, adotando nível de significância p<0,05 para avaliar a correlação entre os resultados.

Resultados e Discussão

A média da idade materna foi 29,4±6,3 anos e da IG de 12,7±0,7 semanas. A frequência cardíaca fetal média foi de 160,8±6,8 bpm. Após aplicação dos métodos não-lineares observou-se que as médias e desvios padrão da duração, da ApEn, CLZ e DFA, respectivamente da onda E foram (70,89±9,26; 0,25±0,15; 0,77±0,15; 0,73), da onda A (79,77±7,56; 0,25±0,15; 0,77±0,19; 0,52), da sístole (225,95±15,88; 0,15±0,17; 0,78±0,15; 0,75), da diástole (150,66±13,99; 0,15±0,12; 0,74±0,13; 0,66) da relação D/C (0,4±0,03; 0,22±0,12; 0,72±0,15; 0,62) e do ciclo cardíaco (376,61±16,40; 0,18±0,11; 0,83±0,22; 0,81).

Conclusões

O presente estudo permitiu a caracterização das ondas da valva tricúspide fetal de fetos sem alterações no primeiro trimestre da gestação. Novos estudos, comparando grupos com MC cardíacas devem ser realizados, objetivando avaliar se esses parâmetros de análise computacional poderão fazer parte dos métodos de rastreamento das cardiopatias intraútero.

Palavras Chave

Sistema Cardiovascular; Ultrassonografia Doppler, Valva Tricúspide.

Arquivos

Área

USG em Ginecologia e Obstetrícia