Dados do Trabalho
Título
EXAME FÍSICO CONVENCIONAL ESTENDIDO PELA ULTRASSONOGRAFIA BEIRA LEITO EM APENDICITE SUPURADA COM ADERÊNCIA EM ÚTERO GRAVÍDICO RESULTANDO EM ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO: RELATO DE CASO
Objetivos
O abdome agudo em obstetrícia, representa uma contingência clínica que requer apuro das condições do bom especialista: rapidez diagnóstica e execução de terapêutica. Na gestação, a associação da clínica com a interpretação dos exames complementares, pode favorecer o desfecho. O caso visa apresentar a aplicação, enfatizar a importância, ilustrar o benéfico e a precisão da ultrassonografia (USG) na confirmação diagnóstica e no seguimento terapêutico.
Descrição do Caso
Mulher, 22 anos e gestante, deu entrada em Pronto Atendimento apresentando quadro de dor em baixo ventre há 6 dias, suspeitando-se de gravidez ectópica. No internamento, solicitado exames laboratoriais, USG de abdome total, prescrito analgésicos e vigilância clínica. Realizado USG com impressão diagnóstica compatível com conteúdo hiperecogênico no interior da bexiga, que pode corresponder a coágulo sanguíneo ou a sedimento de outra natureza e presença de intenso meteorismo. Enquanto aguardava o laudo tomográfico, então foi realizado uma USG beira leito que evidenciava distensão de alças intestinais, útero aumentado de volume com imagem sugestiva de saco gestacional intraútero compatível com gravidez, moderada quantidade de líquido livre na cavidade abdominal com conteúdo septado. Diante disso, confirmando então a hipótese de apendicite complicada. Paciente foi submetida a laparotomia exploratória por peritonite purulenta secundária a apendicite perfurada, com desfecho favorável.
Diagnóstico e Discussão
A apendicite é a emergência cirúrgica não obstétrica mais frequente durante a gravidez. O diagnóstico é sugestivo e caso haja um atraso na precisão desta análise, torna-se diretamente proporcional ao risco de perfuração apendicular. A USG mostrou-se ferramenta fundamental e extremamente satisfatória na exclusão de hipóteses diagnósticas. Outrossim, potencializou o tempo de tratamento, a abordagem e o preparo para abordagem cirúrgica.
Considerações Finais ou Conclusões
Considerando a dificuldade diagnóstica na gravidez, recomenda-se o uso de imagens para maior assertividade, como reduzir atrasos na cirurgia e taxa de negatividade cirúrgica. Devido ao risco de exposição fetal, a decisão deve ser pautada em achados clínicos, diagnóstico por imagem e avaliação. Ressalta-se que quanto maior for o atraso, o risco de perfuração do apêndice aumenta. Diante da vasta aplicabilidade da USG beira leito, o benefício complementar é evidenciado, assim como assertivo no diagnóstico e seguimento, sobretudo, garantindo bons resultados.
Palavras Chave
pocus; apendicite; gestante
Arquivos
Área
Point-of-care
Autores
Paloma da Silva Santana, Rafael Peixoto Lima Dias, Danilo de Castro Bulhões Mascarenhas Barbosa, Victor Cavalcante Nazario, Alessandro Henrique Rodrigues Ferreira, Laís Virginia de Lima Silva