Dados do Trabalho


Título

Fibromatosis Colli no Adulto: Um relato de caso

Objetivos

Relato de caso de Fibromatosis Colli em adulto após lesão de contato contínuo e direto entre uma costela rudimentar e o músculo esternocleidomastoideo (ECM).

Descrição do Caso

S.B, 25 anos compareceu ao serviço para realização de ultrassom (US) de cadeia linfática cervical após uma suspeita de adenomegalia. Ao exame físico, apresentava nódulo palpável em região clavicular direita, doloroso ao toque e durante a movimentação, de início há 2 semanas após viagem aérea prolongada. Ao US, notou-se em região de inserção distal do ECM direito, um espessamento com padrão nodular, com captação de fluxo ao estudo Doppler, medindo 0.8 cm, e uma adenomegalia cervical de aspecto reacional, bilateralmente, mas evidente em níveis IIa, medindo 3.4 cm do lado direito e 3.0 cm esquerdo. Restante dos exames dentro dos parâmetros da normalidade.
Realizado uma radiografia de tórax nas duas incidências após US, sendo observado uma deformidade na primeira costela. Dentre os diagnósticos diferenciais, podendo ser considerada uma costela rudimentar.
Após o diagnóstico, paciente teve melhora do quadro com uso de AINES, relaxantes musculares e intervenção com quiropraxia, sem necessidades de procedimentos invasivos.

Diagnóstico e Discussão

O diagnóstico se baseia tanto na clínica do paciente, como também na ultrassonografia com a presença de sinais típicos: músculo ECM espessado e fusiforme com manutenção do padrão fibrilar das fibras musculares, às vezes pode ser circundado por uma borda hipoecóica focal, representando a compressão do músculo afetado, por isso a importância de fazer a comparação com o lado não afetado. Costelas rudimentares ou hipoplásicas refere-se a uma variação anatômica em que uma ou mais costelas, geralmente sendo as primeiras, apresentam um desenvolvimento reduzido, atrofiado ou incompleto em comparação com as costelas normais, geralmente sendo assintomáticas.

Considerações Finais ou Conclusões

A FI é uma causa rara de edema cervical em recém nascidos, e ainda mais rara em adultos. A US é o método diagnóstico de escolha, evitando assim a necessidade de outros procedimentos invasivos e intervenções terapêuticas. Na presença de características ultrassonográficas típicas, a PAAF não é necessária. Sendo importante uma diferenciação na malignidade para descartar outros diagnósticos diferenciais na dúvida com o US. Por ser uma condição autolimitada, sendo necessário apenas sintomáticos, fisioterapia e observação.

Palavras Chave

Cervical, Fibromatose, Costela acessória, Ultrassom, Esternocleidomastoide

Arquivos

Área

USG Geral

Instituições

FATESA - Faculdade de Tecnologia em Saúde - São Paulo - Brasil

Autores

Rafaela Cardoso Gil Pimentel, Augusto Cesar Garcia Saab Benedeti, Fernando Marum Mauad, Yuji Matsui, Francisco Mauad Filho