26° Congresso Brasileiro de Ultrassonografia da SBUS

Dados do Trabalho


Título

ESPECTRO DA PLACENTA ACRETA: REVISÃO DE LITERATURA SOBRE MARCADORES PARA O DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO

Objetivos

O diagnóstico pré-natal melhora sobremaneira os desfechos maternos, possibilitando o planejamento de um parto eletivo e, assim, diminuindo a ocorrência e a magnitude da hemorragia materna

Método

Este estudo revisa a literatura científica publicada nos últimos 5 anos sobre os marcadores ultrassonográficos para diagnóstico pré-natal das pacientes com acretismo placentário.

Discussão e Apresentação das Imagens

Gestantes com placenta prévia, ou placenta anterior baixa, e cirurgia uterina anterior devem passar por avaliação ultrassonográfica da interface entre a placenta e o miométrio idealmente iniciadas no primeiro trimestre. Neste grupo de pacientes, à ultrassonografia precoce, um saco gestacional implantado no segmento uterino inferior entre 6 e 9 semanas é um dos marcadores comuns, assim como a presença de gestação em cicatriz de cesárea. Nos segundo e terceiro trimestres, os marcadores ultrassonográficos de maior prevalência incluem a presença de (1) lacunas placentárias, (2) perda da zona clara (zona hipoecóica retroplacentária), (3) afinamento do miométrio retroplacentário, (4) hipervascularização do espaço uterovesical ou retroplacentário, (5) extensão do tecido placentário invadindo útero e/ou bexiga e (6) vasos em ponte entre útero e bexiga. A presença de fluxo sanguíneo excessivo ao Doppler colorido no espaço retroplacentário junto com vasos em ponte também foi associada ao espectro da placenta acreta. Quando os marcadores são combinados, seus desempenhos melhoram substancialmente, aumentando sensibilidade e especificidade.

Considerações Finais ou Conclusões

O acretismo placentário é uma condição clínica de grande relevância, tanto pela sua crescente prevalência, quanto pelas suas consequências potencialmente catastróficas. O rastreamento ultrassonográfico deve ser realizado apenas para aquelas pacientes com cirurgia uterina anterior e placenta de inserção baixa, para evitar sobrediagnóstico e intervenções desnecessárias. O diagnóstico pré-natal melhora sobremaneira os desfechos maternos, possibilitando o planejamento de um parto eletivo e, assim, diminuindo a ocorrência e a magnitude. O método diagnóstico de escolha é a ultrassonografia com busca de marcadores ultrassonográficos .

Palavras Chave

“acretismo placentário”; “rastreamento”; “sinais ecográficos”

Arquivos

Área

USG em Ginecologia e Obstetrícia

Instituições

Nexus - Distrito Federal - Brasil

Autores

JÉSSICA MENESES OTHON SIDOU, EMANUELLE SOEMA SANTANA LESSA, LUCIA PEDROSO BARBOSA, ANDRÉA MARTINS DE OLIVEIRA FURTADO, EVALDO ANDREA TRAJANO