26° Congresso Brasileiro de Ultrassonografia da SBUS

Dados do Trabalho


Título

INFILTRAÇÃO DE HIALURONIDASE GUIADA POR ULTRASSOM PARA CORREÇÃO DE ETIP E EFEITO TINDAL POR MIGRAÇÃO DE PREENCHEDOR NA PÁLPEBRA INFERIOR

Objetivos

O uso de hialuronidase na dermatologia é bem estabelecido para tratamento de complicações geradas pela aplicação de ácido hialurônico (AH). A administração guiada por ultrassom dermatológico nos nódulos tem melhor resultado estético com uso de menor quantidade de produto. O objetivo é relatar a melhora clínica e ultrassonográfica após a injeção guiada hialuronidase, aplicada com cânula.

Descrição do Caso

Mulher, 27 anos, fez preenchimento de olheiras com profissional não médica em 2021, com produto Rennova Fill e aplicação com agulha. Após alguns meses, notou nódulos palpáveis nos sulcos nasojugais e pigmentação azul-acastanhada nas lesões.

Em 3 episódios de gastroenterite aguda, após o procedimento, teve dor e edema nas pálpebras inferiores e lábios (locais de preenchimentos prévios com AH). Realizada administração de hialuronidase com cânula 27G guiada por USG dermatológico, com resultado satisfatório após 3 meses.

Diagnóstico e Discussão

A hialuronidase é uma enzima que existe naturalmente na derme e age despolimerizando o AH (diminuindo a viscosidade intercelular e aumentando temporariamente a permeabilidade e absorção dos tecidos).

A discromia cinza-azulada ou efeito Tyndall é uma complicação comum na área periocular (propensa a se formar no canal lacrimal). A colocação muito superficial do preenchedor de AH com um volume muito grande, ou produto muito viscoso, resulta no aparecimento de grumos de aparência azul-acinzentada.
Os nódulos de início ou a migração de preenchimento (massas não inflamatórias após meses ou anos de injeção) ao ultrassom mostram-se como formações ovaladas hipo ou anecoicas no local de preenchimento. O edema transitório intermitente persistente (ETIP) consiste em episódios recidivantes de edema no local da injeção do AH, sem evidência de nódulos palpáveis definidos. No ultrassom há presença do AH em correspondência à área edemaciada, com aumento difuso da espessura e da ecogenicidade do tecido celular subcutâneo (paniculite).

Considerações Finais ou Conclusões

O ultrassom dermatológico é grande aliado na cosmiatria por caracterizar com detalhes as complicações e dar refinamento ao tratamento.

Palavras Chave

Ácido hialurônico, Ultrassonografia, Hyaluronoglucosaminidase

Arquivos

Área

USG Geral

Autores

Evelyn Freitas Rodrigues, Mariana Lopes Ferrari, Camila Fiuza Branco, André Luiz Simião, Renan Lage, Paula Tavares Colpas