Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DO DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) PELAS ULTRASSONOGRAFIAS BIDIMENSIONAL E TRIDIMENSIONAL: VARIABILIDADE INTER E INTRA-OBSERVADOR

Objetivos

O Dispositivo Intrauterino (DIU) é reconhecido como um método contraceptivo seguro, eficaz e econômico. No entanto, sua utilização pode estar associada a efeitos colaterais como dor pélvica e sangramento irregular. Além disso, complicações como expulsão, doença inflamatória pélvica, falha contraceptiva e perfuração podem ocorrer, sendo o mal posicionamento um problema potencial. A ultrassonografia (USG) surge como uma ferramenta promissora para a avaliação do DIU, oferecendo vantagens como custo-benefício e a ausência de radiação ionizante. A utilização de técnicas bidimensionais e tridimensionais permite uma análise detalhada do posicionamento do DIU e sua relação com as estruturas uterinas circundantes. Nesse sentido, objetiva-se avaliar a variabilidade intra e interobservador da posição do DIU por meio dos exames ultrassonográficos tridimensional e bidimensional e avaliar a localização adequada e a presença de anormalidades no posicionamento, além da comparação entre os valores obtidos nos exames.

Casuística e Métodos

Foram avaliados exames de 208 pacientes do centro de imagens do Hospital Universitário Alcides Carneiro e da clínica Spectro Imagem; A avaliação foi feita utilizando Excel e GraphPad 8.0.1. Foram utilizadas 4 medidas para cada observador, duas para cada modalidade do exame. Por fim, foi realizada a avaliação da curva de normalidade, teste de Shapiro-Wilk, teste de D’Agostino & Pearson e uma análise estatística.

Resultados e Discussão

Avaliação intraobservador pela USG 2D não constatou diferença significativa e para o observador 1, 11,5% mau posicionamento do DIU avaliado pela ultrassonografia 2D não é verificado. Obteve-se maior acurácia pela USG TV 3D. Para o Observador 1, não houve diferença significativa na avaliação do posicionamento do DIU pelos métodos estudados de ultrassonografia, porém para o observador 2, houve diferença significativa. Os resultados da ultrassonografia 2D tendem a superestimar as medidas em comparação com os resultados da ultrassonografia 3D.

Conclusões

O estudo demonstrou que as medidas da distância entre o dispositivo intrauterino e o fundo da cavidade endometrial realizadas por ultrassonografia transvaginal bidimensional e tridimensional não possuem alteração importante caso sejam avaliadas pelo mesmo médico. Ademais, o ensaio evidenciou que pode existir alteração nessas dimensões ao utilizar diferentes métodos avaliativos e diferentes radiologistas, sendo superestimado na ultrassonografia transvaginal 2D.

Palavras Chave

Ultrassonografia tridimensional; Ultrassonografia bidimensional; dispositivo intrauterino;

Arquivos

Área

USG em Ginecologia e Obstetrícia

Autores

Antônio Gadelha da Costa, Patrícia Spara Gadelha', Lorran Lucas Ferreira Leão, Lucas Adriel Dantas Xavier, Wanderson Ferreira de Almeida, Nathane Vitória de Lima e Souza