Dados do Trabalho


Título

Malformações e RCIU na gemelaridade: Um relato de caso

Objetivos

Relatar um caso de gemelaridade com restrição de crescimento, associada com uma malformações congênita.

Descrição do Caso

Gestação monocoriônica diamniótica com 12 semanas, foi detectada uma diferença no comprimento cabeça nádegas. Onde o feto 2, mostrou um crescimento 25% menor do que o feto 1. O estudo Dopplervelocimétrico da artéria umbilical, cerebral e o líquido amniótico se mostraram dentro dos parâmetros da normalidade durante toda a gestação. No morfológico, foi encontrado de alterações no feto 2, apenas uma artéria umbilical única. Com 32 semanas, paciente teve uma rutura da bolsa, entrando em trabalho de parto, com o primeiro feto em apresentação pélvica, sendo indicado um parto cesáreo. Ao nascimento, o RN que apresentava peso menor, apresentou-se restrito, enquanto o outro se mostrou com peso adequado para idade. Avaliação do neonatologista mostrou que o feto adequado, apesar da prematuridade estava dentro da normalidade e o menor foi detectado uma má formação, fistula traqueoesofágica (FTE), sendo submetido a uma cirurgia, desenvolvendo uma pneumonia aspirativa, septicemia e óbito no 39°dia.

Diagnóstico e Discussão

A FTE tem seu diagnóstico definitivo firmado com a visualização direta do trajeto fistuloso através da esofagoscopia e/ou traqueoscopia, demonstrando uma dificuldade diagnóstica, pois ao US não possuem sinais específicos, sendo descoberta apenas durante o parto. Com isso, a determinação da corionicidade é fundamental para o planejamento adequado do seguimento pré-natal e ultrassonográfico, uma vez que está diretamente relacionada tanto ao aumento de risco de complicações, quanto a alterações exclusivas da monocorionicidade.

Considerações Finais ou Conclusões

O estudo da gemelaridade fetal e da restrição seletiva de crescimento revela um quadro complexo no campo da obstetrícia e da medicina perinatal. Este caso clínico mostra a importância da definição da corionicidade, reforçando seu rastreio no primeiro trimestre da gestação, e um seguimento adequado com o decorrer da gestação para avaliação da biometria fetal e do líquido amniótico. A gemelaridade fetal em si é um fenômeno único que pode apresentar diferentes desafios e considerações médicas. Entretanto, quando a restrição seletiva de crescimento associado a uma malformação de difícil diagnóstico em um dos fetos, sem outros sinais que possam ajudar com o diagnóstico, a complexidade aumenta e é necessário um atendimento mais especializado.

Palavras Chave

Malformação, RCIU, Gemelaridade, Prematuridade, Ultrassonografia.

Arquivos

Área

USG Geral

Instituições

FACULDADE DE TECNOLOGIA EM SAÚDE - São Paulo - Brasil

Autores

Fernando Marum Mauad, Augusto Cesar Garcia Saab Benedeti, Rafaela Cardoso Gil Pimentel, Yuji Matsui, Gabriela Balderas Mostacedo, Francisco Mauad Filho