26° Congresso Brasileiro de Ultrassonografia da SBUS

Dados do Trabalho


Título

Ultrassonografia com Doppler das Artérias Uterinas como Método de Rastreio e Profilaxia para Pré- Eclâmpsia em Conjunto com Marcadores Bioquímicos

Objetivos

Identificar os achados da ultrassonografia com Doppler para rastreio e prevenção para Pré-Eclâmpsia.

Método

Foi realizada uma revisão narrativa de literatura nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo) a partir dos descritores “Ultrassonografia Doppler”, “Artéria uterina” e “Pré-Eclâmpsia”. Buscaram-se artigos publicados entre 2010 e 2022.

Discussão e Apresentação das Imagens

O protocolo mais utilizado para cálculo de risco de PE é a ultrassonografia com Doppler de 11 a 13+6 semanas, por via transabdominal ou transvaginal, juntamente com a pesquisa por alterações de marcadores bioquímicos maternos, como a proteína plasmática A associada à gravidez (PAPP-A), BhCG (gonadotrofina coriônica livre) e o fator de crescimento placentário (PlGF), que são significativamente reduzidos em mulheres que mais tarde desenvolverão formas graves e precoces de PE e RCIU. Além disso, no primeiro trimestre gestacional, a dopplervelocimetria das artérias uterinas mostra um padrão de alta resistência entre os componentes sistólico e diastólico da onda, enquanto o segundo trimestre é caracterizado por um padrão de baixa resistência, por causa do término da invasão do trofoblasto das artérias espiraladas uterinas. Sendo assim, em gestações complicadas por PE e/ou RCIU, por causa da falha na invasão do trofoblasto das artérias, não ocorre esta diminuição da resistência vascular, levando a um aumento significativo dos índices da artéria uterina (UtA), ou seja, aumento dos picos de velocidade, resistência e pulsatilidade sistólicos (PSV, RI e PI, respectivamente) à dopplervelocimetria.

Considerações Finais ou Conclusões

A precariedade do desenvolvimento da placenta e do seu suporte sanguíneo materno é responsável pela hipoxia placentária, pelo estresse oxidativo e pelo estresse sistêmico inflamatório materno. O uso do Doppler das artérias uterinas como rastreio em combinação com os marcadores bioquímicos podem ser uma ferramenta eficaz de triagem no primeiro trimestre para pré-eclâmpsia.

Palavras Chave

Ultrassonografia, Pré-eclâmpsia, Obstetrícia

Arquivos

Área

USG em Ginecologia e Obstetrícia

Autores

Ana Paula Queiroz Dias Fernandes Pacheco, Isabela Mayumi Nishino Aizawa, Beatriz Saddi Nascimento, Fernanda Galvão Canda Kimura Dias, Rejane Maria Ferlin