26° Congresso Brasileiro de Ultrassonografia da SBUS

Dados do Trabalho


Título

MALFORMAÇÕES ARTERIOVENOSAS DO ÚTERO: UM RELATO DE CASO COM ENFOQUE NO DIAGNÓSTICO

Objetivos

Introdução: As malformações arteriovenosas (MAV) no útero são raras e potencialmente fatais. A principal apresentação clínica é o sangramento uterino anormal e a amenorréia de causa desconhecida. O diagnóstico é a partir da ultrassonografia com Doppler colorido transvaginal associado à ressonância magnética com contraste ou à tomografia computadorizada.

Objetivos: Relatar o caso de uma paciente de 27 anos com MAV uterina, doença rara e potencialmente fatal, diagnosticada tardiamente.

Descrição do Caso

Paciente L.B.A, feminino, 27 anos, G3P2A1. Queixou-se de fortes cólicas e sangramento por 5 dias. Dois meses depois, procurou o serviço de saúde por amenorreia sem justificativa. Descartado o diagnóstico de gravidez, foi orientada a tomar anticoncepcional, porém a amenorreia persistiu. Cinco meses depois, em nova consulta, suspeitou-se de doença trofoblástica da gestação, confirmada pela USG com Doppler colorido transvaginal que indicou a malformação arteriovenosa miometrial difusa (MAV).

Diagnóstico e Discussão

As malformações arteriovenosas (MAV) são definidas como conexões anormais entre uma veia e uma artéria. São entidades raras mas potencialmente fatais que representam importante causa de sangramento vaginal. O paciente tipicamente afetado é a mulher multípara na faixa etária dos 30 anos.
O método inicial de escolha para a avaliação é a ultrassonografia com Doppler colorido transvaginal, a qual apresenta alta sensibilidade e auxilia no descarte de outras doenças. Os achados mais comuns na imagem de Doppler colorida são a hipervascularização na lesão, fluxo turbulento e múltiplos vasos de alimentação tortuosos.
A ressonância magnética (RM) permite um diagnóstico mais preciso, devido à melhor caracterização dos tecidos moles, recursos de imagem multiplanar e uso de gadolínio como contraste, que mostra um fluxo arterial-dominante hipervascular e permite a avaliação precisa do suprimento e drenagem vascular. Por fim, a Tomografia computadorizada também é utilizada para definir a extensão da lesão,

descartar envolvimento extrauterino, diferenciar a MAV uterina congênita da adquirida, e identificar os vasos de alimentação.

Considerações Finais ou Conclusões

As malformações arteriovenosas (MAV), apesar de raras, devem ser consideradas como diagnóstico diferencial em casos de sangramento uterino anormal, dado ao seu potencial fatal. É dever do médico considerar esta hipótese e pedir os devidos exames de modo a fazer um diagnóstico precoce.

Palavras Chave

malformação arteriovenosa uterina; diagnóstico; ultrassonografia; sangramento uterino.

Arquivos

Área

Outras áreas de interesse relacionadas à USG diagnóstica: Bioética e Gestão em Saúde

Autores

Déborah Alvim Monteiro Batista Alves, Eduardo Henrique Sousa Lima, Kamila De Oliveira Gonçalves Souza, Waldemar Naves Amaral Filho, WALDEMAR NAVES AMARAL