Dados do Trabalho
Título
TUMOR TESTICULAR: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA.
Objetivos
O objetivo deste trabalho é relatar um caso de tumor testicular detectado durante a realização da ultrassonografia de bolsa escrotal de um paciente jovem e realizar uma revisão da literatura sobre este tema.
Descrição do Caso
Paciente de 30 anos, encaminhado ao serviço de ultrassonografia com relato de dor há aproximadamente 6 meses e “massa” palpável no testículo direito. A bolsa escrotal demonstrou a presença de nódulo sólido, bem delimitado, com áreas císticas e macrocalcificações de permeio, heterogênea, com fluxo ao Doppler, localizado no terço médio do testículo direito, medindo 2,3 cm x 1,6 cm x 2,3 cm com volume de 3,0 cm³, sugerindo um nódulo misto no testículo direito. Bolsa e testículo esquerdo com achados ultrassonográficos normais.
O paciente foi internado e tomografia computadorizada com contraste que evidenciou lesão nodular com calcificações de permeio no testículo direito, medindo 2,1 x 1,5 cm, compatível com a suspeita de neoplasia primária, sem evidências de acometimento linfonodal locorregional.
Paciente submetido à orquiectomia direita, com o seguinte resultado anatomopatológico: Teratoma pós-puberal.
Diagnóstico e Discussão
Tais achados sugerem o diagnóstico de Teratoma pós-púbere do testículo direito.
Os tumores germinativos são os mais frequentes entre as neoplasias testiculares, sendo sua incidência maior em adultos jovens e ocorre na idade entre 15 e 50 anos, muito bem descrito na literatura. Dentre os tumores germinativos, os teratomas podem ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais comuns em pré-puberes, porém o acometimento em adultos pode corresponder a aproximadamente 2 a 3% dos casos.
Sua apresentação clínica é variável, geralmente, manifestando como massa palpável, indolor ou com dor não localizada.
A ultrassonografia é a modalidade de imagem de escolha para sua avaliação inicial e para definir se a lesão é intra ou extratesticular. No indivíduo adulto as lesões extratesticulares são comumente benignas e as intratesticulares geralmente são malignas.
Considerações Finais ou Conclusões
A ultrassonografia testicular é considerada o método de escolha para avaliação de suspeita de tumor testicular e tem o seu papel bem definido, sendo capaz de diferenciar se a lesão é extra ou intratesticular, permitindo definir melhor as características das lesões se benignas ou malignas, respectivamente.
Palavras Chave
Neoplasias testiculares; ultrassonografia; escroto
Arquivos
Área
USG em Medicina Interna
Autores
Adilson Cunha Ferreira, Renato M Amaral, Fernanda Cardia Martins Ribeiro, Andréa Martins de Oliveira Furtado, Cláudia Aparecida Silva Lima