26° Congresso Brasileiro de Ultrassonografia da SBUS

Dados do Trabalho


Título

APLASIA CUTIS CONGÊNITA: ACHADOS DERMATOSCÓPICOS E ULTRASSONOGRÁFICOS

Objetivos

Aplasia Cutis Congênita (ACC) é uma condição rara caracterizada pela ausência congênita de epiderme, derme e, em alguns casos, tecido subcutâneo. Não há descrição na literatura de utilização da Ultrassonografia de Alta Frequência (US-AF) para o diagnóstico da ACC. O objetivo deste relato é mostrar achados ultrassonográficos de um caso de ACC diagnosticado por meio da US-AF, e levantá-la como opção diagnóstica para a doença.

Descrição do Caso

Recém nascido, masculino, termo, com alteração de pele na região lombar medial observada ao nascimento. Ao exame clínico, presença de área de pele atrófica em região lombar, com ausência de fâneros na topografia, medindo 1,2x0,5 cm. Na dermatoscopia, observada a presença de vasos de médio e pequeno calibre apenas no interior da lesão.
Realizada ultrassonografia de alta frequência que demonstrou redução da espessura da derme superficial. Ao estudo Doppler, observados os mesmos vasos proeminentes que se destacavam na dermatoscopia. Estruturas vertebrais de aspecto anatômico, cone medular na altura de L2 e filamento terminal com espessura de até 0,07 cm.
Com o diagnóstico de aplasia cutis congênita e sem outras alterações associadas, paciente recebeu alta hospitalar com acompanhamento ambulatorial.

Diagnóstico e Discussão

A ACC pode resultar do desenvolvimento interrompido ou degeneração da pele no útero e tem sido classificada em vários grupos de acordo com seu padrão, localização, causas subjacentes e anomalias associadas. Clinicamente, suas lesões geralmente se apresentam como membranas ulceradas, translúcidas e bem demarcadas, através das quais é possível visualizar as estruturas subjacentes.
Diferentes métodos são aplicados para diagnosticar ACC dependendo da classificação da doença e das complicações que tenta-se elucidar. As opções vão de ressonância magnética a ultrassom, porém não há descrição de utilização do ultrassom para diagnóstico da doença, apenas das possíveis complicações.

Considerações Finais ou Conclusões

Utilizamos a US-AF como ferramenta para o diagnóstico de ACC e descrevemos os achados, correlacionando com os achados dermatoscópicos. Faz-se necessários mais estudos para engrandecer o conhecimento sobre o uso da US-AF na ACC.

Palavras Chave

Ultrassom de alta frequência; Aplasia Cutis Congenita; Ultrassom Dermatológico; Ultrassom de Pele

Arquivos

Área

USG Geral

Autores

Ariel Córdova Rosa, Athos Martini, Telma Sakuno, Matheus Pacheco