26° Congresso Brasileiro de Ultrassonografia da SBUS

Dados do Trabalho


Título

MALFORMAÇÃO ARTERIOVENOSA UTERINA E GESTAÇÃO: RELATO DE CASO

Objetivos

Relatar um caso de tratamento videolaparoscópico de Malformação Arteriovenosa uterina na gestação

Descrição do Caso

MCS, 24 anos, Primigesta, encaminhada por hemorragia na 16ª semana de gestação. O ultrassom demonstrava imagem anecoica cística localizada junto ao istmo à direita medindo 23 x 18 x 15 mm. O controle semanal demonstrou aumento do volume hemorrágico e o ultrassom aumento das dimensões da imagem e na 22ª semana, após discussão com a equipe multidisciplinar foi indicado a intervenção cirúrgica (obliteração mecânica do vaso com pinça hemostática por videolaparoscopia). O procedimento foi realizado sob anestesia combinada, com a paciente em posição ginecológica. A introdução dos trocateres foram guiadas pelo ultrassom via abdominal e depois o direcionamento para a MAV pela via vaginal. Após introdução de 3 trocateres, foi realizada a dissecção até a serosa uterina, com o isolamento do ureter, em direção à MAV guiado pelo ultrassom endovaginal. A partir de pinçamentos em sequência, foi identificado o ramo vascular responsável pela irrigação da MAV, a pinça hemostática foi acionada até a completa ausência de fluxo observado pelo Doppler colorido. O controle do ultrassom e do Doppler inicialmente ocorreu de forma semanal e depois de 1 mês a cada 2 semanas. O quadro hemorrágico desapareceu. O parto cesárea ocorreu na 38ª semana de gestação, sem quaisquer intercorrência materno ou fetal. O controle ultrassonográfico após 1 mês, demonstrava a imagem anecoica, sem fluxo.

Diagnóstico e Discussão

Complicações das MAVs na gestação são poucos descritas. Na maioria são assintomáticas, mas há relatos de sangramento maciço e até mesmo choque hipovolêmico. Não há relato de casos tratados durante a gestação. No presente caso, a partir do agravamento da hemorragia e do aumento do volume da MAV, foram consideradas várias técnicas intervencionistas.

Considerações Finais ou Conclusões

Por ser menos invasiva, a ablação do vaso responsável pelo preenchimento da MAV por videolaparoscopia através de pinça hemostática foi a primeira alternativa terapêutica. Assim, nos casos de MAV complicados, este tipo de a abordagem pode ser considerado como primeira escolha.

Palavras Chave

Diagnóstico fetal, malformação arteriovenosa, gestação

Arquivos

Área

USG em Ginecologia e Obstetrícia

Instituições

UNIMEF - São Paulo - Brasil

Autores

LUIZA MACEDO POLEZA, RUANNA SCHIELDS CAMARA BEZERRIL, LARISSA Pires Pereira, GABRIELA Biava DE C SILVA, ALEXANDRE S DE SILVA, MAURICIO SAITO