26° Congresso Brasileiro de Ultrassonografia da SBUS

Dados do Trabalho


Título

ACOMPANHAMENTO ULTRASSONOGRÁFICO DO DERMATOFIBROSSARCOMA PROTUBERANS APÓS EXÉRESE LOCAL AMPLA

Objetivos

O Dermatofibrossarcoma Protuberans (DFSP) é um tumor raro, com descrição de placa endurecida assintomática, por vezes doloroso ao crescimento e extensão subclínica é imprevisível. O objetivo deste trabalho é evidenciar que não houve lesão clínica ou subclínica, diagnosticada ao ultrassom, no seguimento pós exérese convencional com margens amplas de um dermatofibrossarcoma protuberans.

Descrição do Caso

Mulher de 24 anos, com lesão na mama direita de aproximadamente 4 cm x 2,5 cm que tornou-se lobulada ao longo dos anos, apresentando dor ocasional, e mudança do padrão da cor para eritemato-violácea. O anatomopatológico revelou um Dermatofibrossarcoma Protuberans e feita setorectomia mamária, com margens livres.

No ultrassom dermatológico de diagnóstico, apresentava uma lesão hipoecogênica, mal delimitada na sua parte inferior, irregular, invadindo gordura subcutânea, com fluxo intenso ao Doppler. Devido ao caráter recidivante do tumor, foi optado por seguimento ultrassonográfico pós cirúrgico demonstrando apenas áreas hipoecogênicas compatíveis com fibrose no seguimento em dois anos.

Diagnóstico e Discussão

Na ultrassonografia, o DFSP geralmente aparece como uma massa oval, bem definida e bem circunscrita que pode ser levemente lobulada, com ecogenicidade hipoecóica ou com regiões mistas hipo e hiperecóicas.

Há estudos descrevendo a correlação ultrassonográfica e histopatológica da profundidade do tumor com diferença de apenas 1 mm observada entre as duas técnicas, com 100% de especificidade e alta sensibilidade (mais de 80%) para invasão muscular.

Considerações Finais ou Conclusões

O acompanhamento clínico isolado do tumor é ineficiente em termos de detecção de recidiva precoce, já que esta pode acontecer em planos profundos.

Devido ser um exame não invasivo, sem riscos de exposição à radiação ou contraste, e com alta sensibilidade e especificidade para detecção do tumor em questão, o ultrassom dermatológico é o método de vantagem para diagnóstico.

Após dois anos de seguimento, a paciente ainda não apresenta recidiva ultrassonográfica ou clínica da lesão excisada.

Palavras Chave

Dermatofibrossarcoma, Cirurgia de Mohs, Ultrassonografia

Arquivos

Área

USG Geral

Autores

Evelyn Freitas Rodrigues, Larissa Helena Marques Carrai, Mariana Lopes Ferrari, Thais Feres Moreira Lima, André Luiz Simião, Paula Tavares Colpas